Nunca tive ídolos, e penso que nunca virei a tê-los. Existem pessoas que são referências para mim, e como tal partilho muitas vezes das suas pespectivas, mas não sou capaz de condicionar a minha vida segundo aquilo que elas fazem. Jamais. Não deixo de fazer "X", só porque alguém vai fazer "Y". E é pena ver que isso acontece, que muitas vezes se abdica de construir o EU por nós mesmos e seguimos quem acreditamos ser um exemplo de vida. Apenas sigo Deus, e Deus não é de maneira nenhuma um ídolo, é simplesmente a minha Vida.
Porque é que há quem se julge mais do que os outros? Quem se vanglorie, e ao mesmo tempo se auto-mutile com a enormidade de coisas que tem para fazer, quando muito provavelmente do outro lado está alguém com o dobro de afazeres e não se manifesta?
Sinto cada vez mais a vontade de estar com aqueles que eu tenho a certeza que possuem um olhar (mais) puro e descentrado perante a vida. Aqueles que não cobiçam, que não alimentam a ira que trazem dentro de si, que não vivem na impaciência, que não se julgam superiores e que vivem refastelados na sua humildade.
Esta é "uma outra visão", hoje em formato desabafo.
Dos fracos não reza a história!
Na verdade,
Quem é bom.
Só aos olhos de Deus
É que tem o seu valor!
Os espertos sacam dos bons
Tudo,
Sem qualquer tipo, de pudor!
A ganância
A força da destruição do ser humano
Leva-nos muitas vezes a pensar
Se realmente
É tempo de sermos
Fracos
Porque o riso do poderoso de baixo astral
Tudo faz, para nos desfazer em cacos.
Quando é que o ser humano
Se lembrará
Que quando partir
Para o outro lado da vida
Terá que prestar contas
Ao grande Mestre
E que irá pagar os seus pecados
Eternamente, sem guarida!
Maria do Carmo Dias
1 comentário:
É isso mesmo. Assim é que é escrever! Concordo plenamente! Há quem se vanglorie de fazer muito apenas para se superiorizar em relação aos que estão à sua volta porque se calhar este é o único espaço na sua vida em que se sentem que se podem valorizar perante os outros e valorizar a si próprio.
Pedro Castelo
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