Regressei de Londres na terça-feira de manhã, mas o retorno à rotina bem portuguesa fez com que só agora conseguisse relatar alguns momentos desta viagem muito boa que fiz com a Diana. Londres é uma cidade muito bonita e bastante vasta, harmoniosa e com uma organização bastante peculiar.
Dia 1:
Com o voo da British Airways agendado para as 7h30m da manhã, foi bem cedo que nos levantámos para fazer o check-in no aeroporto atempadamente. No autocarro a caminho do avião, vejo perdido na estrada algo que se assemelhava bastante à minha mala.
Por volta das 10h estávamos a aterrar em Heathrow. Daí, fomos levantar as bagagens, e a minha mala foi a primeira a sair. Menos sorte teve a Diana, pois a mala dela vinha com a pega partida e o fecho semi-aberto, apesar de os fechos terem cadeados. Resta saber se isso aconteceu pela falta de cuidado de quem as transportou ou por tentativa de roubo. Penso que terá sido pelas duas razões. Felizmente conseguimos remediar o fecho e notámos que não faltava nada.
Iniciámos então a nossa primeira exepriência na elaborada rede de transportes de Inglaterra, rumo a Paddington. Depois, trocar para outra linha e sair em Willesden Junction, onde nos esperava o primo da Diana para nos acompanhar e ensinar o caminho de casa a partir dali. (Nota: durante os dias que lá estivemos, ficámos em casa da prima da Diana, em Wembley. Uma prima brasileira que vive com o marido à três anos em Londres.)
Deixámos as malas em casa e almoçámos no sempre económico Macdonald's local. De seguida, partimos à descoberta do centro de Londres. Apanhámos o metro até Oxford Circus, que nos levou até à Oxford Street, uma rua bastante comprida e repleta de lojas, o que faz dessa rua uma das mais movimentadas de Londres. Descemos depois a Charing Cross Road, através do bairro de Soho, que fica adjacente ao sobejamente conhecido bairro de Chinatown. Aqui, podemos não só encontrar pessoas de várias raças, com particularidade para os chineses, como também é uma das zonas de Londres mais ricas em casas de espectáculos, como teatros e cinemas.
Fomos dar à rua de Picadilly, também ela uma rua bastante movimentada. Os anúncios luminosos, conferem a esta rua um especial interesse e movimento, principalmente à noite. Descemos então pela rua abaixo, aonde fomos dar a um dos primeiros centros de interesse de Londres: a Trafalgar Square. É uma espécie de Marquês de Pombal de Londres, tendo a National Gallery por trás, e a partir dessa praça foi possível avistarmos ao fundo pela primeira vez o Big Ben.
Dia 2:
Levantámo-nos bem cedo, e começámos o dia com a visita ao Castelo de Windsor. De todas as atracções de Londres, esta é aquela que fica mais longe da cidade e é igualmente uma das atracções que tanto eu como a Diana gostámos mais de conhecer. É um castelo enorme que fica na vila pacata de Windsor e que serve de casa de férias à família real. Tivemos a sorte de chegar ao castelo à hora em que normalmente a guarda faz a rendição, e assistimos atentamente à "exibição" dos soldados com os seus famosos capacetes forrados a pele de urso.
(Castelo de Windsor)(Render da guarda)
Depois de almoçar no sempre económico Macdonald's, regressámos de Windsor e decidimos "atacar" novamente o centro de Londres. Descendo o Hyde Park, onde procurámos o famoso Speaker's Corner mas não vimos nada para além de esquilos que vinham até bem perto de nós, fomos dar ao Wellington Arch, um arco semelhante ao arco do Triunfo em França, mas não menos famoso que este último. Seguindo essa rua em frente, fomos dar ao palácio de Buckingham, residência oficial da Rainha de Inglaterra. Uma tremenda desilusão tanto para mim como para a Diana, pois o edifício só não passa completamente despercebido, pelo número de elementos de segurança e pelos muitos turistas que constantemente tiram fotos à frente do portão.
(Wellington Arch)(Big Ben visto a partir do London Eye)
Apesar de a caminhada até então ter sido longa, enchemo-nos de força e vontade a ainda fomos a pé até ao Big Ben e a Houses of Parliament (equivalente à nossa Assembleia da República). Pausa para algumas fotos, e passando pela Westminster Bridge, fomos andar no London Eye. O London Eye é uma roda gigante construída para celebrar a passagem do milénio que se tornou muito famosa. Cada cabina tem capacidade para 25 pessoas, e em cerca de 30 minutos é possível ter uma panorâmica única muito bonita de Londres num raio de cerca de 40 kms em todas as direcções.
Desejosos de experimentar os típicos autocarros de dois andares, fizemos parte do regresso a casa num deles e depois de metro.
Dia 3:
Este dia foi diferente dos anteriores por vários motivos. Primeiro, porque sendo sábado, as atracções principais estavam fechadas ou repletas de filas, pois não são só os turistas que procuram conhecer o que Londres tem para oferecer. É muito comum ver um inglês com um mapa da rede de metro, tal a complexidade da mesma. Em segundo lugar, teríamos a companhia dos primos para conhecer mais alguns locais de Londres. Apesar de não termos combinado, acabámos por fazer o que eu e a Diana tinhamos planeado para esse sábado.
Dormimos até mais tarde, e por volta da hora do almoço saímos rumo a Notting Hill, bairro onde foi filmado o famoso filme "O Diário de Bridget Jones". Fomos a Portobello Road, onde todos os sábados se realiza um mercado nas ruas que vende de tudo um pouco, desde roupas a antiguidades. A azáfama era muita.
Daí, apanhámos o bus e seguimos para o outro lado da cidade. Chegámos a Camden Town, que possuí igualmente um mercado bastante famoso. No entanto, enquanto que o mercado de Portobello é bastante mais tradicional, o mercado de Camden reúne duas épocas distintas: o regresso a uma era medieval, mas também a uma época bastante progressiva. É comum nesta zona encontrar bastantes punks, e é aconselhável não olhar discaradamente para eles nem tão pouco tirar fotografias, pois eles são bastante conflituosos. Existe inclusivamente uma loja nesse mercado, chamada Cyberdog que vende roupas hiper-fluorescentes e todo o tipo de materiais mais esquisitos que se possam imaginar.
(Entrada da loja Cyberdog)
Dia 4:
Começámos o dia com uma vista mais aproximada do estádio de Wembley que ficava a 5 minutos da nossa casa. Decidimos aproveitar o facto de ser domingo, para visitar a St. Paul's Cathedral que fica na zona este de Londres denominada City. Esta é a área mais recente de Londres e é constituída por prédios muito altos e modernos. é também a zona mais empresarial de Londres. A caminho de lá, íamos folheando um livro e vimos que a catedral estava fechada. Por sorte, ainda nem a metade do caminho estávamos.
Optámos então por arriscar a visita ao museu da cera Madame Tussaud. É um museu muito giro, que reúne imagens em cera de muitas personalidades famosas das mais variadas áreas. George Clooney sentado à mesa, Nicolas Cage ao lado de Morgan Freeman, os Beatles e o Bob Marley, o Papa João Paulo II ou ainda o "nosso" José Mourinho. Na política, destaque para o recém chegado Barack Obama (com o qual tirámos algumas fotos).
À tarde, decidimos ir à margem Sul do rio Tamisa e começámos por visitar o Shakespear Globe Theatre. Um teatro muito bonito e diferente dos tradicionais, pelo facto de não possuir telhado. Por isso mesmo, só recebe espectáculos durante os meses em que as temperaturas são mais convidativas. De seguida, visitámos o HMS Belfast, um antigo navio de guerra inglês que está atracado em frente à Tower Bridge.
Vimos ainda e atravessámos a Tower Bridge, bem como a Tower of London. Nesse cais, apanhámos um barco que nos levou até à vila de Greenwich, famosíssima pelo meridiano que alberga.
(Recepção real no meio do Madame Tussaud)
Dia 5:
Este dia, o último da nossa estadia em Londres, foi dedicado a visitar os "restos", ou seja, tudo aquilo que não conseguimos ver nos dias anteriores. Começámos então pelo palácio de Kensigton, morada da Princesa Diana durante os anos em que esteve casada com o Príncipe Carlos.
Descendo depois uma rua, apanhámos o bus e fomos para uma visita guiada a Stamford Bridge, estádio do Chelsea. Apesar de não ter assistido a nenhum jogo do campeonato inges, gostei muito de visitar a casa de alguns jogadores portugueses e que já foi também do Mourinho.
Voltámos depois a atravessar a cidade toda para visitar a última atracção planeada por nós e que estava em falta: a St. Paul's Cathedral. É uma igreja imponente, que possuí uma das maiores cúpulas do mundo. è possível subir até ao cimo, desde que se tenha força nas pernas para subir as escadas em espiral que nos fazem subir até uns belos 55 metros do chão. para baixo, posso afirmar que é bem mais fácil. Do exterior da cúpula, é possível obter uma vista maravilhosa em todas as direcções.
Depois dessa última visita, hora para comprar algumas recordações e voltar a casa para preparar as malas para o regresso no dia seguinte.
(Estádio do Chelsea)(St. Paul's Cathedral)
1 comentário:
tu ías apontando os sítios por onde ias passando, certo? só vejo uma grande lacuna nesse interessantíssimo roteiro: nem um museu para amostra!!!!! e há tantos! e tão giros! espero q se tenham divertido imenso e, aqui entre nós, fiquei com imensa inveja de não ter andado na roda (devia ter prescindido de um ou outro museu lol)!
beijinhos grandes e dp quero ver fotos
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