segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Festas em Honra de São Brás

As Festas em Honra de São Brás começaram ontem com o peditório de rua e continuam até dia 6 de Fevereiro. Consultem o cartaz, deitem para trás a crise e o frio, e apareçam nas festas para ajudar a nossa Igreja. Obrigado.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Um olhar pela criança

A meio de um artigo científico, vale a pena partilhar com vocês esta ideia muito interessante de uma autora que acabo de estudar:

""O adultos dizem gostar de crianças, mas têm cada vez menos filhos. Os adultos pensam que é bom passar tempo com as crianças, mas os adultos e as crianças vivem vidas cada vez mais separadas. A espontaneidade das crianças é qualquer coisa de elogiado, mas as suas vidas são cada vez mais organizadas e tuteladas. As escolas detêm um papel crucial nas sociedades, mas não se reconhece como válida a contribuição das crianças para a produção de conhecimento. As crianças devem aprender aprender o significado da liberdade e da democracia, mas são cada vez mais controladas e disciplinadas. As sociedades são tendencionalmente mais prósperas, mas o número de problemas relativos a crianças, nomeadamente em matéria de pobreza e exclusão social, não pára de aumentar."

excerto retirado  da obra  Para uma Sociologia  da Infância 
Jogos de Olhares, Pistas para a investigação
de Ana Nunes de Almeida

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bola de Ouro: Os grandes erros da FIFA

Com pouco tempo disponível para deixar aqui a minha "conferência de imprensa" acerca da Bola de Ouro deste ano, colo aqui um texto do jornalista Luís Aguilar da revista Sábado, que espelha bem parte da minha opinião sobre a escolha. Só uma "parte", pois o jornalista não revela qual o vencedor na sua opinião, que a meu ver deveria ter sido Xavi.

por Luís Aguilar

"Podem ser jornalistas, jogadores, treinadores ou dirigentes. No final sentem todos o mesmo: ninguém entende os critérios da FIFA para a nomeação dos melhores do ano. Será pelo que se joga? Pelo que se ganha? Ou pela relação entre qualidade e títulos? 

Por vezes mais parece que são as três ao mesmo tempo num sistema de preferências pessoais, sem lógica definida. 

E este ano o problema até não esteve em quem ganhou, mas nos nomeados que estiveram quase a ganhar. Messi volta a ser Bola de Ouro. Até podia ser Xavi, que jogou toda a época no Barcelona e foi campeão do Mundo. Mas Messi é Messi e um título que lhe seja entregue nunca é mal dado. Pior é o caso de Iniesta. O que estava ele ali a fazer? É certo que tem futebol e condições para figurar entre os melhores, mas nunca numa temporada em que praticamente só jogou durante o Mundial (mesmo que tenha marcado o golo decisivo). 

Então e Wesley Sneidjer? O génio holandês venceu tudo e chegou à final de África do Sul, mas a proeza não chegou para inscrever o seu nome nos três finalistas. Desonra ainda maior foi feita ao seu companheiro Diego Milito. Melhor jogador da Liga dos Campeões e autor dos dois golos da final com que o Inter bateu o Bayern Munique. Mesmo assim a FIFA deixou-o de fora dos 50 (?) melhores de 2010. 

Pior decisão só em 2002. Ronaldo, o fenómeno brasileiro, esteve lesionado toda a época e apenas se apresentou em boa forma no Mundial da Ásia. Levantou a taça e foi o melhor marcador. Isso bastou para se superiorizar a Zidane, que nesse ano tinha ganho a Champions e a liga espanhola, aliando um futebol mágico – de época inteira – a ambas as conquistas. Roberto Carlos era seu companheiro de equipa, partilhou estes títulos com Zidane e foi campeão do Mundo ao lado de Ronaldo. Jogou sempre. Mas não podia ganhar porque era defesa. Tal como o italiano Fabio Canavarro (embora esse tenha sido Bola de Ouro em 2006, depois da Itália vencer o Mundial da Alemanha). 

Como as injustiças com jogadores não bastavam, quase que se alargou o problema aos treinadores. Del Bosque: campeão do Mundo depois de um mês em que disputou sete jogos. José Mourinho: vencedor de três competições ao longo de uma temporada em que a sua equipa realizou 60 jogos oficiais. Até à última Del Bosque era dado como vencedor. No final, ganhou Mourinho porque só podia ganhar Mourinho. Outra decisão seria demasiado bizarra… até para o futebol. 

PS – Na edição deste ano houve outro português com razões para sorrir. Pedro Pinto, jornalista da CNN, foi um dos apresentadores da gala. Esteve bem, mas não chega para ganhar a Bola de Ouro para melhor jornalista desportivo. Se tal prémio fosse atribuído, teria de ir para Sara Carbonero. Por ser espanhola e eles terem ficado a chuchar no dedo? Não! Por ser bem mais bonita do que o nosso Pedro."