segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Cativada em cativeiro

Que este nosso mundo anda virado de pernas para o ar, já não é nenhuma novidade para nenhum de nós. Hoje escrevo sobre mais um exemplo dessa inversão. Natascha Kampusch, desconhecida de praticamente tudo e todos até à bem pouco tempo, é apenas um dos muitos casos de pessoas que todos os dias desaparecem, fruto de actos de psicopatas e de pessoas "nem-sei-o-que-chamar". Recordo um dos casos mais falados na imprensa portuguesa, o de Rui Filipe, uma criança portuguesa desaparecida em 1998, do qual nunca mais foi conhecido o rasto. Natascha, hoje com 18 anos, foi reencontrada há poucos dias, depois de ter sido sequestrada quando tinha 10 anos. Oito anos fechada na cave de um homem de 44 anos que acabou por suicidar-se quando fugia da polícia. Aqui está o principal motivo da minha intriga à qual cheguei depois de reflectir. Ao jantar, enquanto via televisão mais propriamente o telejornal da Sic, vejo de relance o rodapé sobre este assunto dizendo que a rapariga sofria de Síndrome de Estocolmo. Investiguei.

Síndrome de Estocolmo - A síndrome de Estocolmo é um estado psicológico no qual as vítimas de um sequestro ou detenção contra a sua vontade, desenvolvem um relacionamento afectuoso com os sequestradores. Essa solidariedade pode tornar-se numa verdadeira cumplicidade, com os reféns a ajudar os raptores a alcançar seus objectivos ou a fugir da polícia.

Por um lado, incrível como um sequestro que habitualmente é marcado como algo negativo e completamente perigoso e descabido, pode tornar-se numa relação de amizade e bem-estar entre sequestrador e sequestrada. Por outro lado, se reparamos nos anos que esteve sequestrada e o período de vida em que tal ocorreu (adolescência e juventude) já conseguimos compreender melhor o porquê de após ter conseguido libertar-se, Natascha afirmar que o sequestrador foi "muito importante na sua vida", porque necessariamente tinha de o ser pois era a única pessoa com quem ela podia conviver nestes anos em cativeiro. Acredito que a sua cabeça deve estar numa tremenda confusão, pois após 8 longos anos revê os pais, retoma uma vida que deveria ter sido sempre a sua, e enfrenta uma multidão afoita de jornalistas que procura explicação para este fenómeno.

quinta-feira, 24 de agosto de 2006

Saúde

Dois dias dedicados à saúde, porque devemos preocupar-nos especialmente com ela enquanto somos novos e (aparentemente) saudáveis, pois quando chegamos a velhotes só nos falta mesmo ter um daqueles autocolantes que se põem nos caixotes a dizer "FRÁGIL". Ontem fui fazer análises ao Hospital Amadora Sintra. Eu, e mais uns quantos velhotes e mães com os filhos que lotavam a sala de espera. Encontrei um lugar para mim, e passados uns 5 minutos após me ter sentado logo comecei, mesmo que não quisesse, a ouvir a conversa de dois velhotes: um, todo gabarolas dizia: "...pois é, eu se não fosse já umas oito operações que fiz não me aguentava, e olhe que já tenho 85 anos...mas eu sou isento de pagar, olhe aqui o meu cartão, olhe" ao que o outro, de forma mais reservada respondia: "eu só ao coração, mas trataram-me bem, a comida era boa, simpáticos...", nisto lá ia eu passando o tempo, a pensar que toda aquela multidão estava a minha frente mas não. Pouco tempo passado, chamaram-me e lá fui eu fornecer algumas gotículas do meu sangue.
Bem, mas hoje é que foi o melhor! Quem é que nunca sonhou chegar, ver e vencer, ou por outras palavras ser logo atendido? Foi o que aconteceu hoje, dei o meu nome e logo de imediato sem ter que me sentar e esperar fui atendido para fazer raio-x. Não para quem quer, mas sim para quem pode. =]

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

terça-feira, 15 de agosto de 2006

Recordações


"Ó tempo volta para trás...". Esta música que eu nem sei bem de quem é, adequa-se na perfeição a este post, pois vou falar um pouco daquele programa de entretenimento que fez inúmeras alegrias entre a pequenada da época, e a minha também! É isso mesmo o que estão a pensar, a Rua Sésamo. Não havia melhor...era um programa que tinha uma mescla de situações com personagens verdadeiras das quais faziam parte entre outros os bem conhecidos Alexandra Lencastre (Guiomar), o Vítor Norte como André, que juntamente com o Ferrão, o Poupas, o Monstro das Bolachas faziam ali uma combinação de bonecos-humanos muito simples mas interactiva e que motivava a nossa aprendizagem e nos divertia imenso. Ainda me lembro dessas tardes passadas em casa sozinho com a minha irmã que chegava da escola e ficavamos a ver os programas sem pestanejar. Era mesmo um mito, nada comparando com aqueles desenhos futristas que agora aparecem aí pelas Sic's Radicais repletos de Digimosn e Pokemos e mais "mons"sem fim, onde abunda o irreal e as porradas. Por fim , fiquem com o genérico desta nossa série favorita quase por unanimidade e...venham aprender como se vai até à Rua Sésamo.