domingo, 25 de julho de 2010

Muito mais que uma cor...

Ontem foi dia de jogo de apresentação aos sócios do Benfica. Mais do que ver os novos reforços que ainda são poucos e só dois deles é que jogaram de início, a família benfiquista pôde, acima de tudo, matar saudades da ida à bola para ver o seu clube, o seu campeão. 
Oportunidade para testar o meu red pass. As primeiras impressões revelaram que o lugar escolhido para ver a bola é muito bom quando a bola anda pela baliza que fica mais perto do meu lugar, mas não tão bom quando a bola está perto da outra baliza, muito por culpa das redes da primeira que dificultam um pouco a visão. Mas isso não é grave. Fora os dois ou três jogos com maiores espectadores, deve dar para fazer "marosca" e sentar umas filas mais acima e aí sim, ver sempre muito bem.
Ontem fiquei bastante surpreendido com um adepto em especial. À minha frente a descer as escadas do sector, ia uma senhor já muito velhinho, de costas arqueadas por força da idade e bengala na mão. Descia cada degrau apoiado na bengala, nunca arriscando meter só um pé em cada degrau para descer. Calças bege e na parte de cima, uma camisola do Benfica. Nas costas, dizia "Anselmo" e por baixo tinha 75 (seria a idade do senhor? A camisola já não era o modelo mais recente, por isso a ser a idade do senhor, teremos que acrescentar mais uns anos). Aparentemente, foi à bola sózinho. À saída volto-me a cruzar com o senhor. Sempre a olhar para o chão lá segue para a sua vida, sempre com muita calma. Um bom exemplo do que é realmente viver o Benfica, e que me deixou a pensar: Será que eu daqui a muitos anos também serei assim?! 

Sugestões cinematográficas

Como a Diana tem tido os dois últimos fins-de-semana mais ocupados com despedidas de solteira e trabalho que tem tido para fazer em casa, tenho aproveitado para ver alguns filmes. Na semana passada vi "Brooklyn's Finest" - em Portugal, a tradução é "Atráidos pelo Crime"- que continua em exibição nas salas portuguesas e retrata as diferentes vidas de três polícias pelas ruas de Brooklyn; e ontem vi um filme um pouquinho mais antigo mas também ele muito interessante, de seu nome "Afterwards", que aborda o tema sempre delicado da morte, e daquilo que existe para lá dela.
Sinopse:A sete dias de se reformar, Eddie olha para trás e percebe que os seus rotineiros vinte anos de serviço estão prestes a chegar a um igualmente rotineiro fim, quando lhe é pedido para treinar novos recrutas. Nesses últimos sete dias, Eddie tenta redimir toda uma vida e uma carreira. Sal está há doze anos ao serviço e trabalha no Departamento de Narcóticos. Esforçando-se para fazer face às despesas que envolvem uma mulher grávida e cinco filhos, todas as suas esperanças estão depositadas numa “casa de sonho” que nenhum polícia poderá alguma vez comprar. Mas Sal é um pai e um marido orgulhoso, e não querendo desiludir a sua jovem família, coloca tudo em jogo para alcançar o seu sonho.Tango passou os últimos três anos a trabalhar infiltrado com traficantes de droga e assassinos, tendo inclusive passado nove meses de prisão. Ele é agora mais gangster que polícia, mas quer recuperar a sua vida antes que seja tarde demais. Quando os seus superiores lhe oferecem a promoção pela qual ele desesperadamente anseia, Tango vê nessa promoção a hipótese de recuperar a sua mulher. Tudo o que lhe pedem para fazer é prender o seu melhor amigo Caz, decisão que o atormenta e o coloca cada vez mais perto do abismo. Eddie, Sal e Tango nunca estiveram destinados a se conhecer, até que uma rusga anti-droga, parte da "Operação Limpeza", os encaminha para a mesma fatal cena de crime...

Sinopse: Nathan Del Amico, é um famoso advogado que acumula sucessos na sua carreira profissional. Por outro lado, sua vida pessoal está à beira da catastrofe. Recém divorciado de Mallory (Lilly), o amor de sua vida, Nathan conhece o misterioso médico Garrett Goodrich (John Malkovich), que proclama ser um "mensageiro". Garrett diz que pode prever o futuro das pessoas, mais especificamente, ele sente quando as pessoas estão perto de morrer, e é assim que ele se apresenta a Nathan, para que o advogado passe a sentir a sua vida de uma maneira diferente. 


terça-feira, 20 de julho de 2010

"Vocês são umas queridas"

Como não perguntei atempadamente se a Diana aceitava que eu fizesse publicidade - sim, porque já se sabe como é...depois as estrelas vêm com direitos de autor para cá, exclusividade para lá - só agora faço referência à participação da Diana e das minhas amigas Joana e Cátia no programa da Sic "Achas que Sabes Dançar".  
Acontece que o grupo de dança do ventre do qual fazem parte,  o BellyDance Company, foi convidado para fazer a abertura da gala de domingo passado e acolher João Manzarra, o apresentador. Foram poucos segundos de fama que passaram rápido, não só para quem vê mas principalmente para elas que dançaram em directo para a televisão mas deve ter sido uma experiência única e bastante divertida. Aqui fica o vídeo, para quem não viu ou para quem quiser rever:

domingo, 18 de julho de 2010

Sentado na poltrona


Um bocado mais para a esquerda, um bocado mais para a direita, um bocado mais para cima, um bocado mais abaixo. Mais coisa menos coisa, será aqui que vou ter o meu "sofá" para ver os desempenhos caseiros do Glorioso na próxima época. Vais ser difícil fazer ainda melhor do que o ano passado - principalmente no número de golos marcados em casa - mas estou confiante de que terei pela frente mais uma época de grandes alegrias! E a festa começa já no próximo sábado dia 24, no jogo de apresentação aos sócios contra o Mónaco.

Festivais de Verão

O Verão é sinónimo de férias, de sol, de praia, grandes patuscadas com a família, de caracóis acompanhados com muitas "loirinhas", dias grandes e sem trânsito...tudo isto e muito mais, contribuí para que o Verão seja a estação do ano que mais agrada às pessoas, e com razões mais que óbvias para o ser.
Portugal deverá ser certamente um dos países com mais festivais de Verão da Europa, e espanta-me a evolução que este negócio viveu nos últimos anos e que continua a proliferar. E espanta-me como é que muitos jovens, sem grandes rendimentos, conseguem ir a mais do que um festival de Verão. 
Depois de uma curta pesquisa, fiquei a saber que o primeiro festival de Verão foi o de Vilar de Mouros, em 1971. Ainda assim, a segunda edição realizou-se somente em 1982. Bem mais tarde, em 1993, surgiu o Festival de Paredes de Coura e em 1995 o Super Bock Super Rock. Até à relativamente pouco tempo, contando ainda com o Festival do Sudoeste, estes foram os  principais festivais de música de Verão no nosso País. 
Associado à crescente "massificação musical", a aposta em eventos desta natureza tem vindo a aumentar de ano para ano. Aos poucos, foram surgindo festivais como o Rock in Rio, o Optimus Alive, o Marés Vivas, Cool Jazz, Delta Tejo... juntando-se aos mais alternativos Andanças e Boom Festival. 
Isto para dzer que gosto destes festivais q.b..Gosto que Portugal consiga trazer grandes nomes da música mundial como Pearl Jam, Faith no More, Keane, Pet Shop Boys, e muitos outros, mas quando a oferta é tanta a  essência daquilo que deve ser um festival de Verão perde-se. Por outro lado, apoio o facto de cada vez mais haverem festivais geograficamente descentralizados de Lisboa e do Porto.
Por último, um reparo. O Super Bock Super Rock deste ano foi transferido para a zona do Meco, na Costa da Caparica. Se tem mais condições que o Parque Tejo, sinceramente não sei. O que sei é que, independentemente de ter um parque de campismo para quem vai aos três dias de festival e que obviamente não dá para toda a gente, não tem melhores acessibilidades do que o Parque Tejo. Não tem (muitos) autocarros, não tem metro, o que faz com que quase toda a gente se tenha de deslocar via automóvel, o que me parece um erro primário. 

Vai-se andando...

Este blog anda muito paradinho, digamos que em ritmo de férias. De férias para ele, porque o dono anda a trabalhar e é por isso que não vão saíndo posts "quentinhos". 
Agora a tempo inteiro numa escola que fica a 5/10 minutos a pé de minha casa, entro amanhã nos últimos 15 dias de trabalho, aos quais se seguirá um mês de Agosto de férias. Para Setembro existe para já a possibilidade de continuar, embora não saiba se será nas mesmas funções ou outras. A única certeza que tenho para já é que seja aonde for, vou querer trabalhar a tempo inteiro (preferencialmente na área da Educação) e estudar à noite.

Apesar de ter falado mal, muito mal da organização da minha faculdade quanto aos mestrados, a verdade é que me inscrevi, paguei e fiz a prova de português que corresponde a um dos requisitos do concurso. É que "mais vale ter um pássaro na mão do que dois a voar", isto é, por muito estúpido que seja (e é) ter de me candidatar a um mestrado que à partida devia ser de entrada directa, não podia correr o risco de não entrar nem na Maria Ulrich, nem na Eselx. Agora é preparar e entregar a candidatura à Maria Ulrich. Jogo em duas frentes, perde-se dinheiro numa delas mas penso que é uma boa opção. 

terça-feira, 6 de julho de 2010

Mundialices

Tivesse José António Camacho mostrado metade das ganas que mostrou nos efusivos festejos do golo de "Villa, Villa, maravilha!" nas duas vezes que treinou o Benfica, e teríamos celebrado a conquista do 32º título muito mais cedo do que realmente celebrámos. E o senhor ao lado dele neste vídeo podia ter sido o adjunto...

sábado, 3 de julho de 2010

A brincar com coisas sérias

Uma coisa que eu não gosto de ser é difamante, mas a história do mestrado a que tenho assistido na (ainda) minha faculdade, ultrapassa-me e faz com que sinta necessidade de desabafar e denunciar a palhaçada que a Escola Superior de Educação de Lisboa está a levar a cabo.
À três anos, a escola oferecia aos candidatos que a ela concorressem, uma licenciatura em Educação Básica com mestrado integrado. Com o passar dos tempos, surgiram rumores da hipótese de os alunos chegarem ao fim da licenciatura e terem que passar por um processo de selecção para poderem fazer o mestrado, ao contrário do que a escola afirmara anteriormente.
Chego ao fim da licenciatura e dizem que nem todos vão ter lugar no mestrado, porque o máximo de vagas será 60 (somos cerca de 150 alunos). Para entrar, vão ter em conta média da licenciatura, uma prova de Português a fazer a 16 de Julho, experiências profissionais (em que coisas de não muita importância vão contar como participação em comissão de curso, associação de estudantes, Erasmus, etc), um relatório de estágio feito durante o 3º ano, conferências, seminários, etc. Pedem tanta, mas tanta porcaria que é só para arrumar uns quantos logo à partida. Para terem uma melhor noção desta palhaçada, ao mail que a turma utiliza para receber informações de professores e da escola chegaram nos últimos dias mails de professores a pedir voluntários para formações e conferências, sendo que "a vossa participação contará para os critérios de seriação da candidatura para os mestrados profissionalizantes."
Os chulos obrigam ainda os alunos a desembolsar 100 euros para emitir o diploma e certificado de licenciatura porque também tem de acompanhar a candidatura (eu pergunto para quê, pois se tirámos a licenciatura ali, sabem muito bem que somos licenciados) e mais 50 euros para pagar a candidatura. O que em princípio vai ter que acontecer é que vou ter que gastar esse dinheiro, independentemente de mudar de faculdade ou não. E se concorro só à Maria Ulrich e não entro?! Fico um ano sem conseguir acabar o meu curso? Valerá a pena tentar ter "um pássaro na mão do que dois a voar"?
Tenho a certeza que me vai "doer" bastante estudar na Maria Ulrich não só pelo facto de ser privada e as mensalidades serem avultadas, mas também porque à partida trabalharei de dia e depois ainda terei que ir para as aulas mas são estas pequenas coisas que me fazem querer cada vez mais arriscar um ano diferente e desde logo desafiante, em vez de cair nas mãos de um ensino tão medíocre e enganador que a Escola Superior de Educação de Lisboa tem demonstrado ao longo dos anos que lá passei.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Portugal e CR zero

Portugal foi eliminado nos oitavos de final do Mundial, algo que grande parte dos portugueses já esperava que acontecesse e que também não me apanhou de surpresa. Fomos eliminados pela excelente selecção espanhola, actual campeã europeia e que procura agora chegar ao ceptro mundial. Mas isso não é desculpa para tudo aquilo que se passou ao longo dos últimos dois anos. 
Diz-se e é bem verdade, que "o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita" e esse dito aplica-se na perfeição à selecção portuguesa. A qualificação portuguesa para este mundial foi pobre e "arrancada a ferros"; Carlos Queiroz não é treinador para Portugal; não percebo como é que Portugal é o 3º no ranking mundial de selecções e caga-se todo quando joga com a modesta Costa do Marfim e o Brasil, para não falar do jogo de sentido único contra a Espanha.
Não percebo como é que Drogba parte o braço, é operado e ainda assim consegue jogar no primeiro jogo do mundial, e o Nani desloca o ombro num treino, chega a ir para a África do Sul mas depois vem-se embora porque afinal não estava em condições. Ao chegar a Lisboa, diz que "numa semana estou bom" e ainda no mesmo dia diz que "não era bem isso que queria dizer, mas como estava cansado da viagem foi o que saíu". 
Da presença de Portugal neste campeonato do Mundo, só retiro duas coisas positivas: a primeira, as excelentes revelações de Eduardo e do Fábio Coentrão, sem dúvida dois dos poucos jogadores que tentaram sempre remar para ´lado certo. A segunda, as camisolas bem bonitas do equipamento português que a Nike desenhou para este campeonato, tanto o alternativo como o principal. Mais nada.