sábado, 3 de julho de 2010

A brincar com coisas sérias

Uma coisa que eu não gosto de ser é difamante, mas a história do mestrado a que tenho assistido na (ainda) minha faculdade, ultrapassa-me e faz com que sinta necessidade de desabafar e denunciar a palhaçada que a Escola Superior de Educação de Lisboa está a levar a cabo.
À três anos, a escola oferecia aos candidatos que a ela concorressem, uma licenciatura em Educação Básica com mestrado integrado. Com o passar dos tempos, surgiram rumores da hipótese de os alunos chegarem ao fim da licenciatura e terem que passar por um processo de selecção para poderem fazer o mestrado, ao contrário do que a escola afirmara anteriormente.
Chego ao fim da licenciatura e dizem que nem todos vão ter lugar no mestrado, porque o máximo de vagas será 60 (somos cerca de 150 alunos). Para entrar, vão ter em conta média da licenciatura, uma prova de Português a fazer a 16 de Julho, experiências profissionais (em que coisas de não muita importância vão contar como participação em comissão de curso, associação de estudantes, Erasmus, etc), um relatório de estágio feito durante o 3º ano, conferências, seminários, etc. Pedem tanta, mas tanta porcaria que é só para arrumar uns quantos logo à partida. Para terem uma melhor noção desta palhaçada, ao mail que a turma utiliza para receber informações de professores e da escola chegaram nos últimos dias mails de professores a pedir voluntários para formações e conferências, sendo que "a vossa participação contará para os critérios de seriação da candidatura para os mestrados profissionalizantes."
Os chulos obrigam ainda os alunos a desembolsar 100 euros para emitir o diploma e certificado de licenciatura porque também tem de acompanhar a candidatura (eu pergunto para quê, pois se tirámos a licenciatura ali, sabem muito bem que somos licenciados) e mais 50 euros para pagar a candidatura. O que em princípio vai ter que acontecer é que vou ter que gastar esse dinheiro, independentemente de mudar de faculdade ou não. E se concorro só à Maria Ulrich e não entro?! Fico um ano sem conseguir acabar o meu curso? Valerá a pena tentar ter "um pássaro na mão do que dois a voar"?
Tenho a certeza que me vai "doer" bastante estudar na Maria Ulrich não só pelo facto de ser privada e as mensalidades serem avultadas, mas também porque à partida trabalharei de dia e depois ainda terei que ir para as aulas mas são estas pequenas coisas que me fazem querer cada vez mais arriscar um ano diferente e desde logo desafiante, em vez de cair nas mãos de um ensino tão medíocre e enganador que a Escola Superior de Educação de Lisboa tem demonstrado ao longo dos anos que lá passei.

1 comentário:

ameufavor disse...

xiiiii, assim não há mesmo paciência!!! e o dinheiro só a cair, para apenas terem vaga para 60!!! e quem não entra, devolvem? pois tá claro q não!!!