sábado, 15 de julho de 2006

Rescaldos do Mundial 2006

Praticamente uma semana após ter terminado o campeonato do mundo 2006-Alemanha decidi fazer a minha avaliação global daquilo que foi este mês intenso de festa, emoção, tristeza, amor que o futebol consegue criar, tal comentador/entendido futebolístico.
Após um atípico Mundial Coreia-Japão em 2002, o futebol mundial esperava ansiosamente pelo retomar "ás origens" da história dos Mundiais. Este ano não houve espaço para as supresas de EUA, Coreia ou até Senegal como havia acontecido em 2002. Um campeonato que regressou ao Velho Continente, e que apresentou na sua fase final todos os candidatos que à partida têm igual probabilidade de sucesso total, com ligeira vantagem para o Brasil.
Um campeonato do Mundo tem sempre duas fases distintas: a fase de grupos e a fase de "eliminação". Na primeira assistimos essencilamente a uma mistura de culturas, cores e continentes. Falhar um golo que pode dar a vitória a um país no último minuto é de certa forma irrelevante, assiste-se a um futebol espectáculo com muitos golos e com uma margem de riscos considerável. Na segunda fase, aí é que começa a "doer", porque uma oportunidade de golo pode valer ouro. Aí é que a emoção vem mesmo ao de cima.

GRUPO A - A anfitriã Alemanha surge sempre como um dos candidatos à vitória e puder jogar perante o seu público deu amostras disso mesmo. Sem grandes dúvidas superiorizou-se a todos os seus adversários de grupo, em que Polónia e Costa Rica deram uma má imagem do seu futebol, muito lento e sem alternativas. Uma surpresa foi o Equador com o jovem Luis Valencia a destacar-se dos demais.

GRUPO B- A Inglaterra quando tem que cumprir, cumpre. Quando chega aos Mundiais, raramente falha independentemente do nível de futebol apresentado como foi este ano. Sem conseguir apresentar um futebol convicente, a verdade é que atingiu o 1º lugar do grupo à frente de Suécia, que tarda em conseguir um estatuto de grande selecção, Trinidad e Tobago,uma das maiores surpresas deste mundial da qual faz parte o nosso conhecido e velhote Latapy de 38 anos e Paraguai do mais recente leão Paredes e ex-Benfica Gamarra.

GRUPO C - O denominado "grupo da morte" por ser talvez o mais equilibrado. Argentina e Holanda sem grandes surpresas seguiram em frente deixando para trás as extreantes Sérvia e Montenegro de Kezman e a Costa do Marfim de Drogba.

Grupo D - O grupo de Portugal. O vice-campeão europeu era o favorito para 1º do grupo e conseguiu-o. Com Angola a estrear-se num Mundial, foi bonito ter ficado no grupo de Portugal e termos servido de padrinhos. México não convenceu mas também, com a fragilidade evidenciada pelo Irão não houve grandes dificuldades em passar.

GRUPO E - Aqui verifcou-se a primeira surpresa: Rep. Checa que era apontada como possível sensação dado o valor do seu conjunto e o grupo onde estava inserido, não passou da fase de grupos. Isto deveu-se à surpreendente campanha do Gana de Essien. Os EUA não estão suficientemente aptos a actuar a este nível.

GRUPO F - O eterno favorito Brasil não deu espectáculo mas seguiu em frente como seria de esperar. Croácia e Austrália dificultaram a vida, mas só mesmo a Austrália após um tira teimas com a Croácia conseguiu acompanhar o escrete.

GRUPO G - A França é como a Inglaterra. Quando não pode falhar, não falha mesmo. Precisava de ganhar por dois golos para passar e foi o que fez. Acompanhou a Suiça deixando para trás Coreia do Sul e Togo.

GRUPO H - A fúria espanhola aplicou-se muito e deixou para trás Arábia Saudita e Tunísia. A estreante Ucrânia acompanhou-os naquele que a meu ver foi o grupo mais fácil de todo a competição.

Portugal comeu depois laranjas, pampas misturaram-se com sombreros, caipirinha com o quê?!...leóes(?!) entre outros..
Portugal depois comeu bifes, ia comendo também croissants não fosse Henry inteligentemente arranjar uma falta quanto a mim inexistente. Ficaram por comer as pizzas.. que certamente seriam nossas. Um ponto negativo foi a conotação dada a Portugal do seu estilo de jogo, que muitos apontam como agressivo e falso. Não é por ser português, mas considero que Portugal pratica um futebol notável, tendo muito em conta as limitações que temos no que se refere à nossa linha avançada.


Melhor jogador de Portugal:
O tesouro escondido pouco revelado:
O meu onze ideal do Mundial 2006
Buffon(Ita)




Miguel(Por) Cannavaro(Ita) R.Carvalho(Por) Lahm(Ale)



Maxi Rodriguez(Arg) Vieira(Fra) Pirlo(Ita) Maniche(Por)



Klose(Ale) Henry(Fra)

Bota de Ouro deveria ter sido Pirlo, da Itália e não Zidane, por tudo o que fez, e aquela cabeçada na final nunca poderia receber esse prémio. Falavam da falta de fair-play e da "cacetada" de Portugal mas no fim deram razão a quem a não tem. Nem o facto de ser a despedida de um grande jogador desculpa esse acto (a agressão) assim como a distinção.



1 comentário:

Anónimo disse...

Ó meu amigo, o Buffon!!!! Ainda se fosse o Oliver Khan...