quinta-feira, 10 de abril de 2008

Dá-me o telemóvel...

Os recentes casos de violência e má conduta escolar que têm estado na ordem do dia, vieram alertar um país que à muito que se habituou a estar absolutamente alertado para...tudo. Principalmente para tudo aquilo que muda para pior, quase nunca para melhor.
Talvez por isso, tenho andado ultimamente mais interessado no comportamento de adolescentes e pré-jovens que vejo todos os dias. Hoje foi exemplo disso. A caminho da faculdade, na camioneta entram cerca de 6 rapazes que se sentam no "bancos de quatro" e mesmo que não quisesse ouvir a conversa não iria conseguir. À primeira vista, logo se nota no seguinte pormenor: não houve uma única frase das conversas que iam tendo que não tivesse pelo meio um "folhas" ou "carvalho". A isto juntava-se a descrição gozosa de todas as pessoas que se encontravam no passeio quando a camioneta parava.
À vinda para casa, nova sequência de uma conversa numa língua queão consegui descortinar bem qual era. Todas as frases da conversa eram iniciados com um "ya" e já para não falar no "Tipo, eu depois não sabia como fazer...e tipo, fui ter com o segurança e ele é que me disse que tinha que ir pelo outro lado".
Já fui adolescente, que por acaso rima com inconsciente, mas acho que disso tive pouco. De facto, também utilizo "Yás" e "bués" no meu vocabulário e, verdade seja dita porque não somos nenhuns santos, quem é que nunca mandou um palavrão naquelas horas de maior irritação, ou dor, ou desespero...

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