terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Azelhas na educação

Sexta-feira passada, chegou ao fim o 1º semestre do meu 2º ano do curso, num total de 4 anos necessários para ter o "canudo na mão".
Gostava de chegar a esta altura, e partilhar um pouco dos novos saberes que adquiri ao longo deste período, porque sei que as temáticas relacionadas com o meu curso (Educação Básica) são, no mínimo, "engraçadas" por aquilo que tratam. A verdade é que se o propósito principal da minha licenciatura é formar bons educadores/professores, durante este semestre aprendi pouco sobre o que isso deverá ser. Não por culpa própria, nem mesmo por desleixe com testes ou trabalhos. O leque de professores que calhou em sorte à minha turma não foi o melhor.
Numa conversa de amigos, partilhamos inúmeras vezes os mais variados e insólitos episódios vividos por nós no nosso ensino básico ou secundário. A professora de matemática das ancas largas que expulsava todos os dias uns quantos alunos, as bacoradas da professora de Físico-Química, a notável falta de conhecimentos da boa pessoa que era a professora de Inglês.
Na minha faculdade, está bem presente a necessidade de os professores serem um excelente exemplo para os seus alunos, pois são exemplo vivo e directo daquilo que deverá ser um bom professor. Infelizmente, não foi isso que senti durante o 1º semestre. De oito professores, apenas não consigo fazer "queixas" de um deles. Um professor íntegro, sensato, imparcial, sem nunca perder a sua boa disposição e autoridade dentro da sala de aula e nas relações com os alunos. Tiro o chapéu a esse professor, e não deixei de o dizer na auto-avaliação da cadeira. Já os restantes, contribuíram para alguma desmotivação pessoal, desde a parcialidade com que actuaram nas notas dos trabalhos, na irresponsabilidade demonstrada pelo incumprimento de prazos que os professores devem seguir, pela prepotência demonstrada em diversas cadeiras.
Sexta-feira foi igualmente dia de "arrebenta a bolha". No culminar de uma relação que se tornou bastante atribulada e ríspida entre a turma e uma professora, chegou-se ao "julgamento final." Cerca de metade da turma aproveitou para desabafar sobre o mal-estar que existiu nessa cadeira, confontando a professora com aspectos negativos da sua pedagogia e postura. Apelidei essa professora de irresponsável, e estou consciente do quão negativo isso poderá ser para mim na nota final, mas sinto ao mesmo tempo que tive que "tê-los no sítio" para ser tão frontal e destemido como fui. Foram várias as vezes em que esta professora não deu aulas apenas por "não dar", fazendo o aviso com uma meia hora de antecedência, os inúmeros telefonemas que atendia no meio da sala, por vezes interrompendo diálogos com os alunos.
Tempo de férias, tempo de descanso e de esperança de que o próximo semestre seja "recheado" de melhores professores, atentos aos seus alunos e preocupados com a conduta que transmitem.

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