segunda-feira, 8 de junho de 2009

Quem dá tudo o que tem, a mais não é obrigado

Sexta-feira passada foi um dia recheado de boas notícias. Um dia que ficou marcado pelo fim do 2º ano da faculdade, ao qual foi acrescentado ainda um "valente" 15 na nota do exame a Geometria, cadeira ligada à minha inimiga de estimação: matemática. Ainda assim, para entrar efectivamente de férias falta fazer pelo menos 2 exames, um deles já amanhã.
Ontem foi o último jogo do campeonato, disputado já em ritmo de férias. Já sem nenhum objectivo possível de alcançar, tanto para nós como para o Caneças, acabámos por vencer por 0-1. Na classificação final, ficámos em 5º lugar entre as 18 equipas. Um resultado bastante bom, se recordarmos as inúmeras dificuldades vividas ao longo da época pela equipa, que tantas vezes referi neste blog. Esta equipa ficará irremediavelmente marcada na minha memória, por ter sido a minha primeira equipa enquanto sénior, e que me deu a oportunidade de voltar a jogar futebol de competição.
Relacionado com este assunto, volto "à sexta-feira passada foi um dia recheado de boas notícias". No último treino da época, tive uma agradável surpresa. Ao ser chamado pelos directores/treinadores para conhecerem a minha disponibilidade para jogar no clube na próxima época, fui surpreendido com declarações bastante positivas elogiando e reconhecendo a minha forma de jogar, valor e capacidades, propondo-me a hipótese de eu passar a integrar o plantel "A" na próxima época. Foi uma proposta inesperada, não por acreditar que não tinha valor para isso, mas talvez pela postura discreta que assumo, principalmente quando não estou a jogar. Muitas vezes cruazava-me com directores e treinadores da equipa principal, e estes nem me cumprimentavam, como quem parecia não ter a certeza de me reconhecer como jogador do clube.
Aceitei a proposta, o que me deixa radiante. Com esta alteração, darei um salto de duas divisões. A equipa dos A, que jogou esta época no Campeonato Nacional da 3ª Divisão, acabou por descer aos distritais. Talvez isso tenha jogado a meu favor, facilitando a aposta em mim. Passarei a ter melhores condições de treino, um pequeno incentivo monetário que ajudará também a cobrir desesas, principalmente de deslocação para os treinos; colegas de equipa mais velhos, mais experientes e também mais dedicados ao futebol, do que alguns com quem joguei este ano, que ficavam semanas e meses sem aparecer. Ao mesmo tempo, terei a oportunidade de jogar numa divisão superior, o que poderá abrir outras portas no futuro.
É uma vitória pessoal, mas é partilhada com todos aqueles que me apoiaram directa ou indirectamente durante esta época: à minha mãe, que me lavou tantas vezes os equipamentos; ao meu pai, que algumas vezes me emprestou o carro dele para eu ir aos treinos; à Diana, minha manager que me aconselhou a fazer as coisas da melhor forma, e a sua presença em muitos jogos deste ano; aos amigos, que também foram ver alguns jogos e demonstraram interesse em saber como as coisas iam correndo e aos meus treinadores da equpia B, que apostaram e confiaram sempre no meu valor. Agradeço a Deus toda a força, a entrega, e a garra que emprego em cada disputa. Porque quem dá tudo o que tem, a mais não é obrigado.

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