quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tragédia

Explicar a morte trágica do jogador de futebol Robert Enke é simplesmente inexplicável. Tanto mais, quando esta surge por meio de um acto premeditado de pôr fim à sua própria vida suicidando-se numa linha de comboio na cidade de Hannover, onde actualmente jogava. Soube-se hoje que Enke sofria de uma grande depressão, uma doença "silenciosa". A perda irreparável da filha Lara à cerca de 3 anos, que morreu por causa de um problema congénito cardíaco, terá sido o maior contributo para esta tragédia, e nem o apoio da mulher nem da filha entretanto adoptada foram suficientes para o guarda-redes suprimir essa perda.
Representou o Benfica enquanto eu joguei lá nas camadas jovens, e recordo-me de também ele ser um jovem na altura, bastante trabalhador, simpático e aplicado nos treinos. O futebol, pela sua elevadíssima mediatização, tem esta magia: o lado humano sobrepõe-se ao lado desportivo, e o surpreendente que há nisso é que não conhecemos pessoalmente a pessoa em causa ou podia até mesmo ter jogado muitos anos no clube mais rival do nosso, mas assim que soube do sucedido, fiquei invadido por uma grande consternação.

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