sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A educação mata a criatividade?

Este início do semestre tem sido auspicioso. À medida que as novas cadeiras vão sendo apresentadas, dá para perceber que as coisas estão muito diferentes, que os alunos estão a começar a rumar todos para o mesmo lado pelo facto de sentirem que (finalmente!) começam a ver correspondidas as intenções de pôr em prática muito ou quase tudo aquilo que até então nunca passou da teoria nos dois anos e meio que levamos de curso. 
Neste último semestre da licenciatura, já não se vai aprender a História de Portugal, não se vai estudar Matemática nem tão pouco as fases pelas quais a criança executa o desenvolvimento da aquisição da linguagem. As cadeiras iniciam quase todas pelo mesmo nome :"Didáctica". E cada professor que apresenta aquilo em que vai consistir a "sua" didáctica, parece que repentinamente foi  agraciado com o dom da palavra, porque através de exemplos práticos, de situações com que nos podemos/iremos deparar em trabalho de campo, consegue fazer-nos acreditar que aquela distância enorme entre o saber e o fazer começa a ser encurtada a passos largos. São palavras que nos dão muita moral e que nos enchem muito o ego para preparar os projectos de intervenção que aí vêm e que vamos pôr em práticas nas escolas que iremos acompanhar. 
E para provar que aquilo que acabei de dizer é a expressão de uma grande motivação por mim sentida, deixo-vos com outro vídeo, por sinal também ele muito interessante, que apresenta uma conferência do TED, por intermédio de Ken Robinson, um escritor e especialista sobre a educação cultural e creativa. É sobre isso que ele fala neste vídeo, numa perspectiva surpreendente. São cerca de 19 min. de duração mas vai valer bastante a pena e que depois disso certamente vos deixará a pensar sobre como foi a nossa educação, a educação que os nossos filhos têm ou terão no futuro. (O vídeo está legendado em português. Para isso, basta carregarem em "View subtitles" e escolher a nossa língua.)

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