segunda-feira, 13 de novembro de 2006

Puzzle da vida

Hoje o meu post é "emprestado". O seguinte texto é uma crónica de um senhor que escrevia diariamente no jornal "o Metro", e hoje chamou-me particularmente à atenção:


Pergunto a mim mesmo quantas vezes é que olho, é que os que me rodeiam olham, para o puzzle da vida e fico, e ficam, com pelo menos uma das peças na mão sem saber onde a colocar. Não é uma situação recorrente. Mas acontece. E quando se verifica, obriga a voltar atrás, olhar para cada uma dessas partes do jogo de modo a tentar perceber se todas estão no local correcto.

Com excepção dos que já alcançaram uma superior tranquilidade, um estado de espírito superior, todos os outros têm de enfrentar essas peças perdidas. Pode ser um emprego que se perdeu, um filho que adoeceu ou um amigo que partiu. Um amor antigo, que pensamos, terá ficado por resolver, ou uma nova paixão que não podemos revelar. Pode até ser uma palavra menos agradável que atiramos a alguém, ou um pedido de desculpas que ficou por fazer. Podem ter formas variadas e cores diferentes essas peças variadas que também fazem parte da nossa vida.

O que se passa muitas vezes é que alguns fragmentos são únicos. Não têm catalogação possível, e por isso não se podem arrumar numa das prateleiras. Quando os queremos arrumar temos de encontrar um local especial. Diferente. Porque tambèm são peças únicas e diferentes.

Hoje estamos a um mês e 13 dias do Natal. Olhe para o puzzle da sua vida e veja como estão arrumadas as peças. Todas. Ou pelo menos a mais importante. Aquelas que são a estrutura, o elemento estrutural do jogo. Se for preciso abra o coração. Se se justificarengrosse a voz. Peça desculpa se errou. Peça justiça se é esse o caso. Mas não viva com peças soltas. A menos que queira viver o resto da vida com pedaços de coisa alguma na mão.

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