terça-feira, 18 de março de 2008

Domingo fiz ponte!

O passado domingo foi dia de exercício. Foi dia de meia (para o Obikwelu Edgar) e mini-maratona na ponte 25 de Abril. Graças à mãe do Miguel, a quem desde já agradeço, tivemos a oportunidade de passar pela ponte "à pala" e não pagar portagem, algo que só acontece em Agosto quando vamos para a praia na Costa da Caparica. Saída da nossa cidade por volta das 8h da matina, rumo a Sete Rios onde teríamos o comboio da Fertagus à nossa espera. Começámos por constatar que eram ainda poucos aqueles que vestiam roupas desportivas e que certamente iriam para a corrida tal como nós mas depressa vimos que estávamos bem enganados. Quando o comboio chegou foi um "ver se te avias" para entrar no comboio. Pensava eu que ia ter a minha primeira passagem de comboio sentado descansadamente a ver a bela vista de Lisboa e da margem sul, mas logo desfiz-me dessa ilusão. Tal e qual sardinha em lata, tal e qual como a Diana disse:"Isto fez-me lembrar o metro de Colónia, quando estivemos na Alemanha." Quase que eu não tinha necessidade de ir agarrado para não cair, estava tudo tão comprimido que uma paragem mais brusca não teria efeito nenhum. Quae a chegar ao Pragal, eis que se houve uma voz vinda das colunas do comboio:"Turúrú, bom dia senhores passageiros. A Fertagus felicita-os pela participação na 18ª Meia Maratona e Lisboa e agradece a escolha pelo nosso comboio." Risada geral no comboio. É óbvio que a escolha ou era Fertagus ou então em último caso, Fertagus.
A chegada ao Pragal foi uma verdadeira lufada de ar fresco. Dentro do comboio, o ar era já irrespirável pelo facto de, já não haver ar. 15 minutinhos de caminhada até ao garrafão da ponte, onde começava a prova e foi aí, que nos despedimos do Edgar porque ele preferiu trocar-nos pelos quenianos...são escolhas (eheh).

Após os habituais largos minutos de espera para a partida, começámos a cor...andar. Muitas pessoas saem de casa com roupa mais velha para não ter frio, e depois para correr mais confortavelmente desfazem-se delas atirando-as para o chão ou para o ar. Foi praticamente impossível correr quando ainda nem tínhamos passado o garrafão e senti-me no meio de uma guerra civil, com milhares de pessoas à minha volta, cada uma a correr para o seu lado, o chão cheio de garrafas e camisolas.
Com um pouco mais de espaço à nossa volta, lá conseguimos dar as primeiras passadas mais aceleradas mas também foi sol de pouca dura. Afinal, tinhamos levado a máquina fotográfica para quê? Então toca a parar em cima da ponte para tirar umas fotos com um fundo único.

Tenho o prazer de dizer que tive a oportunidade de correr literalmente com o o nosso Primeiro - Ministro. Não, não lhe pus os "patins" e mandei-o para fora do governo, meus caros. (Não por falta de vontade). A dada altura reparámos que a moto da Rtp andava perto de nós e depois vimos que o Senhor Porreiro Pá estava a correr a poucos metros de nós, acompanhado pela ilustre Rosa Mota. Hora então de sprintar um pouco mais para tirar uma foto a estas personalidades. Aí está o resultado:

Cansados desta estafante perseguição, abrandámos novamente um pouco o ritmo e voltámos à caminhada em amena cavaqueira. Depois de retemperar forças com esse líquido precioso que é a água, eu e o Miguel fizemos os últimos 3 kms de corrida mesmo em corrida, acabando a prova num total de 1h e 15m. Passado pouco tempo, chegaram as meninas.
Era hora de esperar pelo meio-maratonista Edgar que ainda prometia demorar um bocado, por isso, nada melhor que ficar um bocado sentado à frente dos Jerónimos a descontrair. Hora de regressar a casa, ainda tínhamos um longo caminho pela frente.
Uma manhã diferente, cheia de exercício e da demonstração de que a desmotivação em relação ao futuro do país não abala a vontade e alegria de milhares de portugueses que continuam a participar neste tipo de eventos. Convido todos a irem para o ano, certamente vão gostar.

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