quinta-feira, 17 de julho de 2008

Pequenos senhores

"Demos tanta força ao Cristiano Ronaldo... e ele não fez nada" (Tiago, 5 anos)

"Eu bem disse que no Ratatui aparecem ratos mortos..."(Rodrigo, 5 anos)

"O Portugal (Scolari) foi despedido." (Diogo, 4 anos)

"O que são essas coisas (as minhas veias), no teu braço?" (Rodrigo, 5 anos)

"Como a Catarina disse, eu sou o Rui e tenho 21 anos.
- A minha mãe é mais velha que tu."(Gonçalo, 5 anos)

Esta semana, a tempo parcial, tenho ido para a praia de Carcavelos como monitor de crianças, entre os 3-5 anos, através de um voluntariado que estou a fazer no ATL da Quinta do Plátano, na A-da-Beja. Tem sido uma semana boa, que serve para enriquecer o meu currículo, servindo igualmente de "aquecimento" (e que belo aquecimento, com o termómetro a subir sempre dos 30ºC para cima) para os 15 dias exaustivos de trabalho que me aguardam no mês de Agosto, desta feita na Junta de Freguesia de Benfica.
Não encontro palavras para explicar o quão gratificante é para mim o simples convívio/a elevada responsabilidade de olhar pelas crianças. Ficar a observá-las a brincar, a inter - relacionarem-se sem intervir é, no mínimo, mágico. E no meio destas irrequietas e enérgicas crianças, torna-se tão fácil de lhes retirar um feliz e sincero sorriso, apenas com um olhar matreiro. Ao fim de meio dia de praia, penso que consegui cativá-los no geral. Já me perguntavam se vinha no dia seguinte, no meio de um pequeno mas sentido abraço à minha cintura por parte da pequena Catarina; as inúmeras solicitações para fazer par comigo de mão dada no comboio para o autocarro; se no caminho de regresso ao ATL íriamos continuar a ver o Ratatui que tinha dado na viagem para a praia, qual é que era o meu clube de futebol...
A hora de ir à água será sempre motivo de regozijo e ponto alto durante as colónias de férias, por mais dias que ja se tenha ido à praia com as crianças. Saltar as ondas, meter os óculos de mergulhador que o pai comprou, berrar com a água gelada, tudo isso faz parte.
Um dia espero repetir este post. Claro que não é re-escrever aquilo que escrevi agora. É escrever, a curto prazo sobre as travessuras e disparates do meu sobrinho Tomás que chegará em meados de Outubro e, mais lá para a frente, contar-vos as peripécias e aventuras da minha própria turma, dos meus pequenos.

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