sábado, 27 de setembro de 2008

Desabafos...

Perdoem-me desde já, se sou demasiado exigente, se sou demasiado picuínhas. Se sou demasiado crítico em relação ao que diariamente observo. Habituei-me a desenvolver em mim, um rigor que em poucas pessoas reconheço, e que, muitas vezes, encontra-se encoberto pelo meu ar descontraído, animado e de bem com a vida.
Nunca tive ídolos, e penso que nunca virei a tê-los. Existem pessoas que são referências para mim, e como tal partilho muitas vezes das suas pespectivas, mas não sou capaz de condicionar a minha vida segundo aquilo que elas fazem. Jamais. Não deixo de fazer "X", só porque alguém vai fazer "Y". E é pena ver que isso acontece, que muitas vezes se abdica de construir o EU por nós mesmos e seguimos quem acreditamos ser um exemplo de vida. Apenas sigo Deus, e Deus não é de maneira nenhuma um ídolo, é simplesmente a minha Vida.
Porque é que há quem se julge mais do que os outros? Quem se vanglorie, e ao mesmo tempo se auto-mutile com a enormidade de coisas que tem para fazer, quando muito provavelmente do outro lado está alguém com o dobro de afazeres e não se manifesta?
Sinto cada vez mais a vontade de estar com aqueles que eu tenho a certeza que possuem um olhar (mais) puro e descentrado perante a vida. Aqueles que não cobiçam, que não alimentam a ira que trazem dentro de si, que não vivem na impaciência, que não se julgam superiores e que vivem refastelados na sua humildade.
Esta é "uma outra visão", hoje em formato desabafo.

Dos fracos não reza a história


Dos fracos não reza a história!

Na verdade,

Quem é bom.

Só aos olhos de Deus

É que tem o seu valor!

Os espertos sacam dos bons

Tudo,

Sem qualquer tipo, de pudor!

A ganância

A força da destruição do ser humano

Leva-nos muitas vezes a pensar

Se realmente

É tempo de sermos

Fracos

Porque o riso do poderoso de baixo astral

Tudo faz, para nos desfazer em cacos.

Quando é que o ser humano

Se lembrará

Que quando partir

Para o outro lado da vida

Terá que prestar contas

Ao grande Mestre

E que irá pagar os seus pecados

Eternamente, sem guarida!

Maria do Carmo Dias



1 comentário:

Anónimo disse...

É isso mesmo. Assim é que é escrever! Concordo plenamente! Há quem se vanglorie de fazer muito apenas para se superiorizar em relação aos que estão à sua volta porque se calhar este é o único espaço na sua vida em que se sentem que se podem valorizar perante os outros e valorizar a si próprio.
Pedro Castelo