sábado, 22 de novembro de 2008

Estás brinquedo comigo?

Esta semana chegou a minha casa através da publicidade do correio, o habitual catálogo do Continente para o próximo Natal. Tendo em conta que os anúncios alusivos ao Natal, bem como a enormidade de luzes de Natal que iluminam as cidades já estão no "ar" desde os fins de Outubro, a chegada deste folheto chega um bocado tarde. Ainda assim, todos os anos costumo guardá-lo por alguns dias porque gosto de ver as evoluções e invenções que as marcas fazem para atrair as crianças e adolescentes. Também há este ano um factor especial: devemos ter em conta o factor T, do meu sobrinho Tomás que pelo Natal terá cerca de 2 meses e meio e por isso, é importante fazer um estudo de mercado para tirar ideias para o presente do tio Rui. Ao mesmo tempo, como "projecto de futuro educador" que sou, é importante ver e analisar o que é oferecido às crianças e se isso está de acordo com as suas capacidades motoras, físicas ou até mesmo cognitivas, tendo em conta aquilo que eu já sei sobre o assunto.
Este catálogo conta com cerca de 110 (!) páginas de brinquedos com direito a índice, dividindo tudo pelas mais variadas categorias. Só tenho a criticar negativamente este catálogo, enquanto o folheio. Primeiro, a quantidade de papel que não terão gasto no catálogo. Cada casa receber um catálogo com cerca de 110 folhas não ultrapassa o catálogo da Ikea, mas a tiragem deve ser bem superior à deste último.
Depois, o catálogo apresenta a categoria "Primeiros Brinquedos" mas podemos muito bem encontrar nessa mesma categoria brinquedos que vão desde os 0 meses até +18 meses. Ora ao fim de 18 meses de vida, a criança já terá tido não um primeiro mas muitos brinquedos. A explicação: em vez de dizer na "Primeiros Brinquedos", deveria ser "Happy Bear". Porque este é o nome da marca que fornece todos esses brinquedos e é a única coisa que há em comum nessa página.
É inegável a intenção deste e de qualquer catálogo desta natureza. "Vender, vender, vender..." já dizia o meu gerente nos meus tempos de funcionário da Staples Office Centre. E a verdade é mesmo essa. Este catálogo tem indicação das idades recomendadas para a maior parte dos brinquedos que apresenta, muito provavelmente estabeleceu rigídos critérios de selecão nos brinquedos que decidiu colocar à venda nas suas lojas, mas no fundo é sempre uma questão de marcas, prevalecendo aquelas que têm mais renome e poder.

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