quinta-feira, 13 de maio de 2010

Depois da chegada, a partida.

Quando chegamos a Fátima, é costume trocarmos abraços fraternos com os nossos companheiros de caminhada, como forma de agradecimento pelos dias em que caminhámos juntos, pelas alegrias, dores, cansaço e momentos de oração partilhados. Meio a brincar, meio a sério, ia desejando às pessoas com quem tenho mais confiança a "continuação de uma boa caminhada". Para mim, Fátima a Pé não tem somente uma partida em São Brás e uma chegada a Fátima. É um caminho de afirmação da minha fé, de entrega dos meus dons e ser ao serviço de Deus, de encontro com a nossa Mãe. 
O caminho mais difícil, mais atribulado, não é aquele que passamos quando andamos por trilhos de terra batida e sentimos as pedras a calcar os nossos pés, não são aquelas subidas e descidas intermináveis. O mais difícil é continuar o caminho quando voltamos às nossas vidas. A caridade, a esperança, a compaixão pelos que nos rodeia, que tantas vezes deixamos de lado em favor dos nossos interesses...
Esta não foi com toda a certeza, a peregrinação mais "espiritual" que já realizei. Muitas vezes não fui capaz de absorver muitas das orações como o fiz em anos anteriores. Talvez pela experiência, talvez por achar que a minha participação na peregrinação tivesse direccionada mais para a animação e boa disposição que, juntamente com os meus "parceiros", animou muitas vezes as outras pessoas. 

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